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 | 03/08/2006 17h14min

Felipão aconselha Dunga a fechar ouvidos e trabalhar

Técnico campeão do mundo em 2002 nega que tenha proposta da CBF

Em passagem por São Paulo, o técnico de Portugal, Luiz Felipe Scolari, disse acreditar no sucesso de Dunga como treinador da Seleção Brasileira. Depois de admitir ter sido sondado pela CBF para o cargo, ele deu um conselho sutil ao iniciante, que está com a imagem muito ligada ao presidente Ricardo Teixeira. Depois da eliminação na Copa, o todo-poderoso do futebol nacional está supervisionando de perto a nova comissão técnica.

– Meu conselho ao Dunga é que ele coloque em prática tudo aquilo que ele fazia como jogador. Acerte ou erre, faça as coisas pela cabeça dele e não dê prioridade para ninguém – disse Felipão, pouco antes de dizer que técnico precisa ter jogo de cintura com os dirigentes e abrir exceções nas horas certas.

Apesar de ter lembrado que seu contrato vai até junho de 2008, quando “estará livre para ir para onde quiser”, Felipão garantiu ter outras propostas para daqui a dois anos, mas não da Seleção Brasileira.

– Eu dou risada dessa situação. O cara (Dunga) assume e já estão pensando que eu estou voltando (para o Brasil) daqui a dois anos. Não sei nem se vou estar vivo ou morto em 2008 – desabafou o treinador.

Ao contrário de alguns técnicos, que longe dos microfones acharam um absurdo a escolha de alguém sem experiência para comandar a seleção mais importante do mundo, Felipão gostou da escolha feita por Ricardo Teixeira.

– O Dunga é uma aposta que pode se transformar em solução. Só o tempo vai dizer. Eu quando comecei no CSA de Alagoas era uma aposta. Por que o presidente da CBF não pode começar o novo trabalho com alguém que tem carisma, qualidade e história? – perguntou o treinador de Portugal.

Preferido pela torcida brasileira para voltar a dirigir a Seleção, Felipão explicou mais uma vez os motivos que o levaram a ficar em Portugal. No começo da carreira, ele chegou a perder o parto de um de seus filho porque estava trabalhando no futebol árabe.

– Eu não preciso mais fazer este tipo de coisa. Eu não rejeitei o Brasil. Fui sondado, consultei minha família e optei por Portugal, um lugar onde eu posso unir futebol, amizade, carinho, ter o país todo junto comigo e ainda estar perto da minha família – revelou.

GAZETA PRESS

 
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