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 | 21/06/2006 19h

Brasil enfrenta Japão para readquirir favoritismo

Jogo contra time de Zico nesta quinta vale pela última rodada do Grupo F

Para acabar com as incertezas que colocam em xeque seu favoritismo nesta Copa do Mundo, o Brasil terá que passar por cima de Zico, um de seus grandes ídolos, nesta quinta, às 16h (de Brasília), em Dortmund, pela última rodada do grupo F.

Mas a tarefa não será fácil. O atual técnico do Japão precisa vencer a Seleção Brasileira, já classificada, eliminar o saldo negativo de dois gols que possui e torcer ainda por um empate ou uma derrota da Austrália contra a Croácia, no outro jogo da chave a ser realizado nesta quinta-feira, para avançar às oitavas-de-final.

Grande parte dos jogadores brasileiros tem Zico como ídolo. No entanto, a equipe do técnico Carlos Alberto Parreira precisa de uma boa atuação, e de muitos gols, para calar os críticos. Desde que chegou à Alemanha como favorito, o Brasil ainda não convenceu.

Para surpreender, Parreira não deu pistas sobre a equipe titular para o confronto de amanhã. Isso deu início a uma avalanche de declarações de jogadores ansiosos por uma oportunidade e de outros que não querem perder a vaga, mesmo pendurados com cartão amarelo.

Parreira anunciou no domingo, após a vitória sobre a Austrália por 2 a 0, que por questões físicas e técnicas poderia fazer mudanças. Cafu, Emerson, Ronaldo e Robinho estão pendurados e podem ficar de fora das oitavas caso recebam o segundo. Este último encabeça a lista de reservas com grandes chances de começar jogando.

– O professor Parreira ainda não nos disse nada, mas estou preparado para entrar em campo – disse o atacante do Real Madrid, que substituiu Ronaldo nos dois primeiros jogos da Seleção na Copa.

Além de Robinho, o volante Gilberto Silva, o meia Juninho Pernambucano, o lateral-direito Cicinho e o atacante Fred estão à espera de uma vaga entre os titulares.

– Não podemos disputar um Mundial inteiro com a mesma equipe. Necessitamos ter 14, 15, 16 titulares. E eu confio em todos os 23 convocados. Todas as opções já foram testadas – disse Parreira.

Do lado japonês, Zico minimizou a força dos pentacampeões mundiais.

– Não iremos enfrentar um monstro. É uma grande equipe, mas o Japão também tem bons jogadores. Não podemos desistir enquanto houver ao menos uma pequena chance – comentou Zico, que descartou uma eventual ajuda com a possível escalação de reservas no Brasil.

Maior ídolo da história do Flamengo, e símbolo de dedicação em três Copas do Mundo como jogador, o técnico do Japão lembrou nesta segunda-feira que sua atual equipe empatou por 2 a 2 com o Brasil em 2005, na primeira fase da Copa das Confederações. Avaliou ainda que poderia ter vencido o confronto, caso não tivesse um gol anulado.

O técnico se dedicou ontem a realizar duas horas de treino. Foram aperfeiçoados chutes a gol, o principal déficit dos japoneses.

– Precisamos marcar gols e sempre é bom treinar – explicou.

Pela primeira vez em 71 jogos o treinador quebrou uma tradição de antecipar a equipe titular. Apostou no mistério, seguindo, de forma obediente, a voz da experiência de Carlos Alberto Parreira.

Com uma história de 1.100 anos, Dortmund, cidade do estado mais rico da Alemanha, o Nordrhein-Westfalen, sediará a partida. Com 590 mil habitantes, é caracterizada por sua produção industrial.

AGÊNCIA EFE
 
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