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 | 04/04/2006 22h09min

Discussão do relatório começa com Heloísa Helena e Ideli Salvatti

Senadora petista reafirmou que valerioduto é antigo e não tem origem ligada a Lula

Começou discussão do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, apresentado na semana passada pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-SP). Defendendo o relatório, a senadora Heloísa Helena (P-Sol-AL) disse que a lei deve valer igualmente para os ricos e os pobres e que relações promíscuas entre o público e o privado devem ser punidas.

A senadora destacou que o trabalho da CPI significou muitos meses de desconfiança política, de exagero e de exaustão física para acompanhar todos os debates que foram feitos nas sub-relatorias. Na opinião dela o impacto que a comissão causou na sociedade foi muito maior dos que o causado por outras CPIs porque envolveu uma liderança partidária que se auto-identificava com a ética. Segundo ela, o trabalho da comissão serviu para justificar o discurso generalizante da mídia, de intelectuais e de políticos sobre os militantes da esquerda.

– O conceito de que os fins justificam os meios nunca foi reivindicado pela esquerda socialista e democrática – disse Heloisa Helena.

Depois dela, falou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Ela afirmou que nem o povo aceitará nem os parlamentares contribuirão para a impunidade, mas pregou a necessidade de um relatório substancial, com mais provas e menos adjetivos. Ideli pediu que o relatório final aprovado fale com mais clareza os esquemas corruptores, como o do Banco Opportunity e do banqueiro Daniel Dantas. No entender dela, a participação dos parlamentares nos fatos investigados é de menor importância e o valerioduto é antigo e não pode ter sua origem ligada ao governo Lula.

AGÊNCIAS CÂMARA E SENADO
 
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