| 28/03/2006 14h12min
Os senadores catarinenses da oposição, Leonel Pavan (PSDB) e Jorge Bornhausen (PFL) falaram hoje sobre a demissão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o novo titular da pasta Guido Mantega e sobre a coligação PSDB-PFL para as próximas eleições.
Leonel Pavan considerou lamentável o fato de o ex-ministro Antonio Palocci ter negado participação e conhecimento sobre o envolvimento de sua equipe no caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
– O ministro da Fazenda deveria passar à sociedade uma certa segurança, mas ele mentiu ao Brasil inteiro – avaliou Pavan.
Segundo o senador, o núcleo duro do PT caiu: Luís Gushiken, José Dirceu e agora Palocci. Por isso, o governo estaria tentando resolver seus problemas internamente nomeando Mantega, que não era o nome preferido pelo núcleo duro no passado.
– Como existem poucos que ainda se arriscariam a trabalhar neste governo, o Guido Mantega é uma solução caseira. Esperamos que ele não tome nenhuma posição radical que cause instabilidade na economia do país –acrescentou.
Em relação à política de juros, Pavan lembrou que Mantega era contrário ao que vinha sendo praticado por Palocci.
– Se ele cumprir o que dizia no passado, irá mexer na política de juros, a não ser que haja um acordo para manter uma composição com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Vamos aguardar os acontecimentos dos próximos dias – ponderou Pavan.
Já o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, disse que "a festa da corrupção no governo Lula está acabando" e que a resposta virá com a derrubada do atual presidente do país nas eleições de 1º de outubro.
Para Bornhausen, a coligação nacional PSDB-PFL é boa e visa a vitória do governador de São Paulo, Geraldo Alckminn, nas eleições presidenciais.
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