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 | 22/02/2006 12h56min

Não-comparecimento adia depoimentos na CPI dos Correios

Problemas de agenda dos depoentes transfere sessão para 8 de março

Foram cancelados os depoimentos marcados para a manhã desta quarta na sub-relatoria dos fundos de pensão da CPI dos Correios. Os cinco depoentes do dia alegaram problemas de agenda. A reunião administrativa da CPI também foi adiada, neste caso, devido ao número insuficiente de parlamentares. Os depoimentos foram marcados para o dia 8 de março.

– Não é o investigado que marca o encontro. Assim não dá, pois as passagens haviam sido emitidas e as reservas nos hotéis foram feitas – reclamou sub-relator Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), acrescentando que pedirá à Polícia Federal garantias para o depoimento de todos.

Seriam ouvidos hoje o representante da corretora Brasil Central, Cláudio Roberto Seabra de Almeida, e os representantes da corretora Cruzeiro do Sul Luís Felipe Índio da Costa, Luís Octávio Azevedo Lopes, Luiz Fernando Pinheiro Guimarães de Carvalho e Ângela Celeste de Almeida Costa. As duas corretoras são investigadas por supostas operações que deram prejuízo a fundos de pensão.

Em relatório apresentado ontem, ACM Neto afirmou que 12 fundos de pensão atuaram de forma a favorecer as instituições bancárias (BMG e Banco Rural) envolvidas em denúncias de empréstimos para o PT, por meio do empresário Marcos Valério.

Antes de encerrar a reunião, ACM Neto refutou estudo da Secretaria de Previdência Complementar apresentado também na terça pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), mostrando que não foram apenas os nove fundos de pensão de estatais que aumentaram seus investimentos no Banco Rural e no BMG, em 2004. Segundo o documento, os fundos de pensão de empresas estaduais foram os que mais aplicaram, em 2004, nos dois bancos. Em seguida, vêm os fundos de pensão de empresas privadas e, por último, os fundos de estatais.

O deputado informou que o documento será analisado pela assessoria técnica da comissão, mas que de antemão já foram identificadas inconsistências, como a comparação de patrimônios muito diferentes.

– É uma tentativa diversionista da senadora, preparada com a conivência da Secretaria de Previdência Complementar – avaliou.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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