O dólar à vista fechou em alta de 0,38% nesta sexta-feira, depois de ter colocado em teste um novo patamar. A cotação terminou o dia a R$ 2,123 na compra e R$ 2,125 na venda. No acumulado da semana, no entanto, o dólar teve queda de 1,85% e atingiu o menor patamar desde março de 2001. Por volta das 17h a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 0,27%, aos 38.361 pontos.

Na mínima do dia o dólar chegou a marcar R$ 2,105 na ponta de venda, com queda de 0,57%. Houve uma resistência natural ao piso psicológico dos R$ 2,10, o que levou a cotação a reagir. À tarde aumentou a pressão de compra sobre a cotação, com a movimentação das tesourarias bancárias em torno dos leilões do Banco Central.

O principal destaque da semana foi a edição da medida provisória 281, na última quinta-feira. A MP isentou de impostos os investimentos estrangeiros em títulos públicos e fundos brasileiros. Com isso a expectativa de ingresso de dólares no país aumentou. Somente na quinta-feira o dólar caiu 1,03%.

Por conta do fluxo os analistas afirmam que a tendência da moeda americana é continuar a cair. Altas com a desta sexta-feira são consideradas "pontuais", a não ser que o governo prepare regras que alterem o quadro no mercado de câmbio.

Nesta sexta o BC vendeu todos os 4.550 contratos de swap reverso, equivalentes a US$ 214 milhões. Também promoveu um leilão para compra de dólares no mercado à vista, mas com uma pequena compra de recursos.

AGÊNCIA O GLOBO