| 16/02/2006 10h06min
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pode votar hoje o parecer do deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) no processo contra o deputado João Magno (PT-MG). O relator recomenda a cassação do mandato de Magno, que recebeu R$ 426 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza, apontado como operador do suposto esquema de mensalão.
João Magno alega, em sua defesa, que os recursos foram recebidos em boa fé, por orientação da direção nacional do PT. O dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito da cidade mineira de Ipatinga, em 2004. A prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, porém, só foi feita em outubro de 2005, depois do escândalo do mensalão.
Jairo Carneiro afirma que as transferências de recursos foram feitas de maneira irregular, por saques em espécie ou depósitos em contas particulares, quando deveriam ter sido feitas por depósito em conta específica, mediante recibo. Assim, ele concluiu que a maneira como as transações foram feitas aponta para o uso de caixa dois.
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