| 31/01/2006 17h27min
Agricultores do Movimento Sem Terra (MST), acampados desde abril do ano passado em uma fazenda situada em Correia Pinto, Planalto Serrano catarinense, desmontaram hoje as barracas em atendimento ao acordo feito com os proprietários. O grupo está montando acampamento às margens da BR-116.
A mudança foi acatada pela coordenação do MST até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o processo judicial sobre a ordem de desapropriação da área de 1,2 mil hectares para reforma agrária, emitida pelo governo Federal em fevereiro de 2005.
As 80 famílias tinham prazo até o dia 8 de janeiro para desapropriar a fazenda, mas um acordo estendeu o período até 6 de fevereiro. Os integrantes do movimento resolveram antecipar o deslocamento das 65 barracas para a margem da rodovia, que pertence à União.
– Achamos melhor ficar fora da fazenda até que a decisão seja anunciada, pois não seria bom sermos despejados pela polícia – disse a coordenadora do MST Geneci Andreoli.
Os acampados alegam que a terra é produtiva, mas não estava sendo utilizada para a agricultura. No local, eles cultivaram hortas com verduras e frutas, utilizadas para seu próprio sustento durante a permanência na propriedade.
Em Santa Catarina, 5,3 mil famílias já foram assentadas, mas cerca de mil famílias ainda aguardam o processo de assentamento. Esse ano a previsão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é conseguir terra para 600 famílias.
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