| 31/01/2006 15h47min
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), vai sugerir ao presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), e ao relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que esclareçam ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, as razões da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Jobim determinou a suspensão da quebra dos sigilos determinado pela comissão atendendo a mandado de segurança com pedido de liminar impetrado pela defesa de Okamotto.
– Respeito a decisão do ministro e do Supremo, mas a grande preocupação nesse momento é que se crie uma jurisprudência que faça com que a CPI fique castrada por não poder mais quebrar sigilos – afirmou Virgílio.
O presidente do Sebrae, que também é amigo de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula com dinheiro vivo por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares.
– Existe uma grande contradição, pois o presidente afirma que não reconhece essa dívida. Isso já justifica a quebra dos sigilos. Um homem público não tem o direito de não oferecer informações. Esse episódio só faz aumentar a nossa curiosidade quanto a essa figura nebulosa – disse.
Para o senador Alvaro Dias (PR), a decisão do Supremo só agrava a situação de Okamotto.
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