O dólar à vista abriu em alta de 0,36% nesta segunda, cotado a R$ 2,223 na compra e R$ 2,225 na venda. A novidade do dia é o anúncio de que o Brasil está promovendo uma nova emissão soberana, a segunda de 2006. Desta vez, a colocação de títulos será feita em euros, o que não acontecia havia um ano.

Os bônus terão seu vencimento em 2015. De acordo com cálculos do mercado, a oferta inicial de papéis seria equivalente a US$ 500 milhões. O Global 40, principal título da dívida externa brasileira, opera em baixa de 0,19%, cotado a 130,25% do seu valor de face.

É natural que os títulos brasileiros tenham leve baixa em dias de colocação de novos bônus, já que alguns investidores preferem migrar parte de suas carteiras para o novo papel. O risco-país brasileiro, no entanto, tem baixa de 0,77%, aos 277 pontos centesimais.

Outro destaque do início do dia é a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central (BC). O boletim é resultado de uma pesquisa semanal do BC feita junto a cem instituições financeiras. A última edição, os analistas reduziram levemente a projeção para o IPCA deste ano, de 4,61% para 4,60% ao ano. A previsão para o valor do dólar recuou de R$ 2,40 para R$ 2,39. A taxa Selic teve a previsão mantida em 15% ao ano no final de 2006.

No cenário internacional, o principal destaque é a reunião do Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano). A expectativa é de que a instituição financeira eleve a taxa básica dos Estados Unidos em mais 0,25 ponto percentual, para 4,5% ao ano. Esta será a última reunião do FED sob o comando de Alan Greenspan. A próxima já será comandada por Bem Bernanke.