| 26/01/2006 08h21min
Não durou nem 24 horas o acordo entre governo e oposição para que a CPI dos Bingos tomasse o depoimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no fim da tarde de hoje, após o fechamento do mercado financeiro. O ministro depõe às 10h como convidado – a comissão não chegou a aprovar requerimento pela sua convocação – e deve ser questionado sobre as suspeitas de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto.
A comissão voltou atrás e antecipou o horário, entre outros motivos, por um compromisso dos senadores do PFL, à noite, na Bahia: o aniversário de 27 anos do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). O objetivo do governo ao marcar o depoimento para o fim da tarde era o de evitar sobressaltos nas bolsas.
O pedido de antecipação foi feito na manhã de ontem pelo avô do aniversariante, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ao presidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB), e mobilizou a maioria da comissão. Nas conversas por telefone que teve com os senadores, Palocci deixou claro que não gostou da mudança. O ministro também avisou que às 14h30min terá de deixar o Senado para participar da reunião do Conselho Monetário Nacional, que foi remarcada em razão da mudança.
O depoimento de Palocci é cercado de expectativas. O ministro responderá a perguntas sobre as denúncias como as de que a empresa Leão Leão pagava propina mensal de R$ 50 mil à administração municipal de Ribeirão Preto e a de que dólares de Cuba foram levados por ex-colaboradores seus até o comitê de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.
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