Com a segunda semana de aceleração no ano, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal avançou 0,07 ponto percentual até a primeira quinzena de janeiro, passando de 0,69% para 0,76%.

Esse resultado é o maior desde a quarta semana de maio de 2005, quando o índice atingiu 0,79%, mas é inferior ao verificado em igual período no ano anterior, de 0,82%.

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela apuração, os principais destaques para a elevação da taxa do IPC-S foram os grupos educação, leitura e recreação e transportes. A contribuição conjunta destas duas classes de despesa ao acréscimo da taxa foi de 0,12 ponto percentual, superando a aceleração de 0,07 ponto percentual registrada pelo índice nesta semana.

No caso de educação, leitura e recreação, que ficou em 1,91%, a maior contribuição partiu do item cursos formais, que apresentou variação de 2,12%, ante 0,64%, na última apuração.

Os combustíveis lubrificantes (2,2%) chamaram a atenção da Fundação no grupo transportes, com avanço de 1,18% nos preços. O álcool saltou de 5,58% para 9,19%, aceleração de 3,61 pontos percentuais. A gasolina passou de 0,64% para 1,46%.

Em sentido ascendente, mas sem a mesma influência, aparecem os grupos saúde e cuidados pessoais e despesas diversas. A taxa de variação da primeira classe de despesa avançou 0,04 ponto percentual, passando para 0,57%.

A taxa de variação do grupo alimentação apresentou desacelerou para 1,36%. A maior contribuição para este movimento partiu do item hortaliças e legumes, que nesta apuração registrou variação de 4,90%, ante 7,18%, na última semana. Mesmo com esta redução, o grupo continua respondendo pela maior parcela da taxa do índice, 37%.

Além deste item, outros, de grande importância na cesta de consumo das famílias, apresentaram quedas em seus preços. São eles: carnes bovinas (-0,11% para -1,17%), aves e ovos (-0,41% para -0,71%) e laticínios (-0,74% para -0,81%).