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 | 25/12/2005 17h42min

Dacar contabiliza 47 mortes na sua história

Edição de 1986 foi a mais trágica, com sete óbitos. Ano passado, foram dois

Apesar de todos os cuidados com segurança, o rali da morte continua com a sua emocionante e trágica história. A competição que começou em 1979 contabiliza óbitos desde a sua estréia, quando o jovem motociclista Patrick Dodin fraturou o crânio após um acidente, em Agadaz, no Níger.

Desde então pilotos, jornalistas, médicos, mecânicos, técnicos e espectadores perderam suas vidas na competição que é considerada a mais dura do mundo.

Ano passado, dois pilotos de moto faleceram. O italiano Fabrizio Meoni, bicampeão da prova e que disputava o seu último Dacar e o espanhol Juan Manuel Perez. Agora, já são 47 as mortes no mais perigoso rali do mundo.

Devido aos dois acidentes fatais, a organização da prova estipulou um limite de velocidade de 160 km/h para as motos.

– Já temos que pilotar e navegar. Agora também vamos precisar ficar atentos ao velocímetro. Isto pode tirar a atenção do piloto e ser mais perigoso do que acelerar perto dos 200 km/h – opinou o brasileiro Jean Azevedo, que venceu uma etapa do Dakar 2005 e é considerado um dos oito favoritos ao título desse ano.

Em 1998, quatro pessoas morreram após choque entre um táxi e um carro que disputava a prova

A edição de 1986 foi a mais trágica da história, com sete mortes, inclusive a do organizador e idealizador do rali, o francês Thierry Sabine. Ele estava num helicóptero que se espatifou no Mali. No mesmo acidente morreram o cantor Daniel Balavoine, a jornalista Nathalie Odent, o piloto suiço Francois-Xavier Bagnoud e o técnico Jean-Paul Le Fur.

Em 1981 morreram o jornalista italiano De Tommaso e três mecânicos que tentavam chegar a Tamanrasset (Argélia). No ano seguinte, foi a vez da jornalista Ursula Zentsch e do piloto holandês Bert Oosterhuis. Em 83, foi o motorista francês Jean-Noel Pineau, que faleceu após ser atropelado.

Em 1984, uma mulher perdeu a vida e sua filha ficou gravemente ferida após serem atropeladas em Burkina Faso. Em 1985 foi a vez de uma criança nigeriana perder sua vida, também atropelada.

Em 1986, foi registrada a primeira morte na Europa. O motociclista japonês Yasuo Kaneko morreu após um acidente com um caminhão. Em 1988, na décima edição do rali, morreram seis pessoas, inclusive uma mulher e uma criança, na Mauritânia.

Em 1990, faleceu o sexto jornalista da história do rali, o finlandês Kaj Salmiden, que também era piloto e fotógrafo. Em 1992, num dos mais absurdos acidentes da história, morreu o francês Gilles Lalay, vencedor do Dakar em 1989, após chocar a sua Yamaha com um carro de assistência médica.

Em 1994 morreu o motorista belga Michel Sansen, aos 59 anos, e uma criança senegalesa, que foi atropelada. Em 1996, faleceu o francês Laurent Gueguen, após chocar o seu caminhão numa mina. O carro pegou fogo e ele não conseguiu deixar o veículo com vida (ao contrário dos companheiros Pascal Loudenot e Vincent Baudin). Uma criança da Guiné também morreu atropelada naquele ano.

Em 1998 morreram quatro pessoas e três ficaram gravemente feridas após uma colisão na capital da Mauritânia, entre um táxi e um veículo que disputava a prova. Em 2001, morreu um motorista que não disputava a competição, na França, após se chocar com um veículo que disputava o Rali.

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