| 22/12/2005 12h28min
O parlamento argentino aprovou hoje a decisão do Governo de que o país pague antecipadamente os US$ 9,81 bilhões que deve ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A votação estendeu-se até a madrugada, depois de um prolongado debate, fechando com o placar de 128 votos a favor, 67 contra e 20 abstenções. A decisão recebera, ontem, o sinal verde do Senado.
Deste modo, o Parlamento validou o decreto que apontava urgência para quitar a dívida. No documento, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, dispõe que o país desembolse os valores, que correspondem a 35% das reservas monetárias do Banco Central argentino, no início de janeiro, antecipando os compromissos que tinha com o FMI até 2008.
Para quitar a dívida com o FMI, Kirchner criou a categoria de reservas do Banco Central "de livre disponibilidade", que são aquelas que superam o nível necessário para apoiar a base monetária, que atualmente é de 54,834 bilhões de pesos (US$ 17,9783 bilhões). As reservas monetárias do Banco Central argentino atingiram ontem os US$ 27,643 bilhões.
A medida, que representará uma economia de US$ 840 milhões em juros, foi anunciada dois dias após o governo brasileiro decidir pagar antecipadamente US$ 15,5 bilhões da dívida com o FMI.
Economistas e analistas afirmaram que esta medida dá certa liberdade à Argentina, pelo fato de o país livrar-se das revisões trimestrais e da imposição de metas por parte do Fundo, mas alertaram sobre a necessidade de manter a disciplina fiscal.
O governo Kirchner assegurou que manterá a política econômica aplicada dos últimos três anos, quando o país cresceu a taxas próximas a 9%.
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