| 14/12/2005 08h11min
Nem uma segunda perícia técnica atestando a falsidade da assinatura do ex-ministro Tarso Genro no requerimento de cassação de mandato deve livrar o deputado Onyx Lorenzoni (PFL) do processo no Conselho de Ética. Ontem, momentos antes de receber as novas provas, que serviriam para fortalecer a defesa do parlamentar, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), adiantou que a análise da acusação de quebra de decoro não será interrompida:
– Se for comprovada que a assinatura é mesmo falsa, mando o caso para o Ministério Público. Aqui o processo segue porque já recebemos outra representação do PT.
O atual presidente do partido, Ricardo Berzoini, ratificou, no final de novembro, a representação encaminhada por Tarso. O PT acusa Onyx de ter vazado à imprensa informações protegidas por sigilo fiscal e bancário referentes ao ex-ministro José Dirceu. Em novembro, a revista Veja publicou o resultado de uma primeira perícia, afirmando que seria falsa a assinatura de Tarso, o que poderia tornar nulo o requerimento. Tarso e o PT negaram as acusações.
Onyx, então, encomendou ao perito gaúcho Domingos Tocchetto uma segunda análise da assinatura. Tocchetto encontrou diferenças nos entre a assinatura de Tarso no ofício original do Conselho de Ética e em outros documentos.
– A assinatura não é autêntica. Só se ele resolveu criar uma assinatura nova – diz o perito.
Tarso reafirmou que foi ele quem subscreveu o requerimento:
– Se o perito examinou o documento que remeti de São Paulo, a assinatura é minha e o laudo está errado.
CAROLINA BAHIA/ZERO HORAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.