| 13/12/2005 17h17min
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, divulgou nota em Washington hoje saudando a decisão do Brasil de quitar integralmente neste fim de ano a dívida remanescente com o organismo multilateral de crédito. Os vencimentos restantes seriam em 2006 (cerca de US$ 7 bilhões) e em 2007 (cerca de US$ 8,5 bilhões). Ele atribuiu a capacidade de pagamento à "condução sustentada da política econômica" pelas autoridades brasileiras.
– Eu saúdo a decisão do Brasil de quitar suas obrigações pendentes com o Fundo. Esta decisão reflete o crescente fortalecimento da posição externa do Brasil, especialmente os substanciais e contínuos superávits comercial e corrente e o forte fluxo de capitais que têm incrementado imensamente as reservas internacionais e reduzido o endividamento externo – avaliou Rato. – Mais fundamentalmente, os excelentes resultados da condução da política econômica pelas autoridades brasileiras promoveram a base para a consolidação da confiança dos mercados, a performance consistente da macroeconomia e a melhora do perfil das dívidas interna e externa.
Rato afirmou ainda que o FMI espera continuar mantendo com o Brasil uma relação próxima e construtiva, "incluindo áreas-chave como o investimento público", numa alusão à experiência do Projeto-Piloto de Investimentos, gastos que são excluídos do cálculo do superávit primário, cuja metodologia foi acertada com o Fundo no ano passado.
Em julho deste ano, o Brasil já havia pago antecipadamente US$ 4,91 bilhões. A diretoria do Fundo esteve reunida no último dia 7 para analisar a revisão trimestral dos indicadores econômicos do Brasil, uma praxe para países que ainda devem ao FMI. Em breve a conclusão do Fundo – com base nos trabalhos conduzidos pela equipe do economista Charles Collyns, chefe da missão que visitou o Brasil – será divulgada.
AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.