| 28/11/2005 01h56min
BUENOS AIRES - Mais uma vez o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, e seu ministro da Economia, Roberto Lavagna, estão em rota de colisão. No entanto, ao contrário dos três momentos de confrontos anteriores, ocorridos desde que Kirchner tomou posse em maio de 2003, desta vez a eventual saída de Lavagna de seu posto possui elevadas chances de ocorrer, segundo indicam os rumores no âmbito político.
As especulações afirmam que Lavagna poderia ser um dos homens a deixar o gabinete de ministros na iminente reforma ministerial que ocorreria antes do dia 10 de dezembro. Na sexta-feira, diante dos rumores, Lavagna, de forma lacônica comentou que somente o presidente podia decidir sobre sua permanência no cargo. Desde a Casa Rosada não surgiram comentários confirmando os rumores, nem tampouco assegurando a permanência de Lavagna em seu posto.
Além desse silêncio inesperado, para complicar o status de Lavagna, ontem completaram-se quatro dias em que os dois homens mais
poderosos do país não se
dirigiam a palavra. Apesar dos rumores, os mercados mantêm-se tranqüilos, pois consideram que uma hipotética saída de Lavagna do cargo não implicaria em grandes alterações na política econômica.
Os empresários consideram a eventual saída de Lavagna, mais cedo ou mais tarde, como um fato consumado. Segundo uma pesquisa realizada pelo jornal %26quot;Clarín%26quot; entre os empresários que participaram nesta semana no Colóquio Idea (o principal evento de debates e reuniões empresariais do país), 57% dos entrevistados afirmaram que não acreditam que Lavagna permanecerá em seu cargo até o fim do mandato de Kirchner, em 2007.
Kirchner e Lavagna não se bicam há tempos, e apenas convivem por necessidades mútuas.
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