Depois de ter subido 1,78% na sexta, o dólar à vista mudou de tendência e operou em baixa por toda a manhã desta segunda. A moeda americana encerrou o período em baixa de 0,49%, valendo R$ 2,216 na compra e R$ 2,218 na venda. No mercado de ações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 0,15% às 13 horas, aos 31.149 pontos.

Apesar da alta dos preços do petróleo, o cenário externo se mostrou mais ameno, o que permitiu a valorização dos títulos da dívida externa brasileira e a queda do risco-país. O Global 40 fechou a manhã em alta de 0,51%, cotado a 122,88% do seu valor de face. O risco-país caiu 6 pontos, para 345 pontos centesimais. Internamente o cenário também foi predominantemente positivo.

Na sexta, o BC retomou os leilões de "swap" reverso, o que não acontecia desde março. A venda de US$ 404 milhões em contratos dessa natureza foi o fator de pressão do dólar no final da semana. Naquele dia, o BC também comprou dólares no mercado à vista.

Outro fator que ajudou a derrubar o dólar foi a notícia do superávit de US$ 924 milhões da balança comercial na terceira semana de novembro. O valor é considerado alto, considerando as quedas do dólar e a proximidade do final de ano, quando aumentam as importações.

O principal destaque da semana é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça e quarta-feira. O mercado aposta que o comitê vai reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, hoje de 19% ao ano. Um corte desse tamanho é considerado conservador.

Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores altas são de Tim Participações ON (+3,25%) e Klabin PN (+2,38%). As quedas mais significativas do índice são de Embraer PN e ON, que recuam 4,17% e 3,69%, respectivamente.

AGÊNCIA O GLOBO