| 09/11/2005 12h48min
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), recebeu hoje um relatório da Receita Federal confirmando a existência de notas fiscais não contabilizadas da agência de publicidade DNA, de propriedade do publicitário Marcos Valério, suposto operador do mensalão. Uma das notas está em nome da Visanet, no valor aproximado de R$ 6 milhões. O Banco do Brasil tem 33% das ações da Visanet.
Para o deputado, há um forte indício de que a empresa recebe dinheiro por trabalhos não prestados e apresentava notas frias. Os recursos podem ter sido desviados ao PT para o suposto mensalão através de Marcos Valério.
O relator explica que 27 notas foram examinadas pela Receita, escolhidas por amostragem entre as que foram apreendidas pela polícia na sede da agência em Belo Horizonte, em julho deste ano. Os documentos apreendidos estavam em tonéis para serem queimados.
Das 27 notas, 11 não estão registradas, sendo que 10 são da Amazônia Celular e uma da Visanet. Segundo o relator, foi solicitado que as duas empresas apresentassem a relação das notas fiscais emitidas pela DNA e nenhuma das 11 notas constam nessas listas.
Serraglio explicou que as notas foram emitidas pela filial da DNA em Rio Acima, em Minas Gerais, onde estão registradas. O relator afirmou ainda que não existem documentos contábeis da DNA referentes aos anos de 1998 a 2002, pois o livro da empresa foi registrado em 16 de setembro de 2002.
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