| 04/11/2005 17h33min
Devem surgir outras possíveis fontes dos recursos repassados pelo empresário Marcos Valério de Souza às pessoas indicadas pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. As suspeitas devem constar no relatório parcial que será divulgado na próxima quinta-feira pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator de movimentações financeiras da CPI dos Correios.
Ele afirmou que irá apontar as quatro fontes que poderiam financiar o esquema de Valério. Uma das fontes já foi divulgada nesta quinta-feira pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Seria o contrato da agência de publicidade DNA, de Valério, com a Visanet - empresa que tem como um de seus principais acionistas o Banco do Brasil, com 32% do capital.
– Houve um adiantamento para prestação de serviço. Esse recurso foi utilizado pela agência para aplicação no mercado financeiro. E essa aplicação serviu como garantia para que o sócio de Marcos Valério tomasse um empréstimo no mesmo banco e o dinheiro fosse repassado para as pessoas indicadas pelo Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) – afirmou Fruet.
O deputado afirmou que o relatório irá apontar também que o recurso pode ter origem em empresas privadas que "têm interesse no governo e viram no Marcos Valério a possibilidade de intermediar esses interesses". Segundo Fruet, entre as empresas estão algumas de telefonia, como a Telemig Celular.
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