| 04/11/2005 16h55min
O pagamento de um serviço publicitário antes de sua execução não é praxe no setor, disse hoje o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) Dalton Pastore. Pastore disse não conhecer "nenhum caso semelhante".
O presidente da Abap destacou que a atividade publicitária funciona como qualquer outra prestação de serviço. – Você executa o trabalho, fatura e ele é recebido 30 dias da data, 45 ou 15 dias depois – explicou. O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que a DNA – agência de publicidade do empresário Marcos Valério de Souza – recebeu do fundo de publicidade da Visanet R$ 35 milhões adiantados, sem que o trabalho estivesse executado. O deputado petista Carlos Abicalil argumentou que o pagamento adiantado seria praxe na empresa. O presidente da Abap diz não saber como o empresário Marcos Valério "consegue faturar sem comprovar o gasto". – Quando uma agência de publicidade envia uma fatura a um cliente, ela vai acompanhada do pedido de serviço, fatura do fornecedor, comprovante de veiculação ou comprovante de execução do serviço. Então eu não sei como é possível que um anunciante tenha pago e aguarda a comprovação para depois – afirmou Pastore. O Banco do Brasil diz, na nota, ter notificado a agência DNA extra-judicialmente sobre os R$ 9 milhões que não tiveram comprovação. E afirma aguardar uma resposta para adotar "medidas judiciais cabíveis". O presidente da Abap disse ainda que o valor do contrato em questão é bastante "relevante". – Uma verba de R$ 35 milhões deixa qualquer produto entre os maiores anunciantes do Brasil, provavelmente entre os 50 maiores anunciantes – destacou Pastore. AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.