| 04/11/2005 13h43min
Os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e da Argentina, Néstor Kirchner, tiveram hoje, em Mar del Plata, uma reunião "franca", segundo o governante argentino, termo que em linguagem diplomática pode indicar a existência de desacordos entre os interlocutores. Kirchner diz que o encontro não buscou a placidez, mas sim a verdade.
Em entrevista conjunta, na qual não foram admitidas perguntas de jornalistas, os dois presidentes disseram que discutiram uma série de temas bilaterais e regionais e que cada um ouviu a análise do outro acerca da situação de cada país. Bush está na Argentina para participar da 4ª Cúpula das Américas, que inicia hoje e termina no sábado pela manhã.
Bush disse que eles debateram as negociações entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que felicitou Kirchner pelas "sábias decisões" que levaram ao início da recuperação econômica depois da crise de 2001. Graças a isso, declarou Bush, a Argentina pode retomar agora
as negociações com o Fundo a
partir "de uma posição muito mais sólida".
Sondava-se que Kirchner iria pedir para que Bush intercedesse a favor da Argentina nessas negociações, como fez para que fosse fechado o último acordo com o Fundo, assinado em dezembro de 2003. No início desta semana, o presidente norte-americano já havia explicitado que a Argentina demonstrou ser capaz de negociar por si só com o FMI e que não necessita a mediação americana, embora tenha indicado que "escutaria qualquer pedido de um amigo".
Há uma semana, o ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, advertiu que os planos do FMI para retomar as negociações não são "uma base de negociação aceitável". De Paris, o diretor-gerente do Fundo, o espanhol Rodrigo Rato, disse que retomar as negociações é uma decisão do governo argentino.
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