| 01/11/2005 13h25min
O compasso de espera da decisão sobre os juros nos Estados Unidos não impede o bom desempenho do mercado brasileiro de ações nesta terça. Às 12h17min, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,55%, aos 30.660 pontos. O dólar avançava 0,13% e era negociado por R$ 2,253 na compra e R$ 2,255 na venda.
O clima positivo permanece nos mercados, que não esperam surpresas da reunião do Federal Reserve, o banco central americano. O FED deverá elevar os juros de 3,75% para 4% ao ano. No comunicado a ser divulgado junto com a decisão, o mais esperado, o comitê deverá sinalizar a manutenção das altas de juros em ritmo comedido.
Em outubro, o temor de que o FED elevasse os juros em tempo ou ritmo maior que o previsto gerou estragos nos países emergentes, entre eles o Brasil. Boa parte da queda de 4,4% da Bovespa no mês passado se deveu a uma realocação de recursos, com investidores especulando sobre a possibilidade de um aumento maior nos juros internacionais.
Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores altas são de Braskem PNA (+3,86%) e Petrobras ON (+3,78%). As quedas mais significativas do índice são de Contax ON (-2,11%) e Telemig Participações PN (-1,89%).
O destaque no cenário interno é o resultado da balança comercial em outubro. Com perda de fôlego das exportações, o superávit ficou em US$ 3,686 bilhões em outubro, abaixo dos R$ 4,328 bilhões de setembro. O saldo comercial vem batendo recordes sucessivos, o que garante fluxo cambial positivo do país.
No mercado futuro de juros, as projeções da taxa Selic operam em leve baixa. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007 tem taxa de 17,47% ao ano, contra 17,46% do fechamento de ontem.
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