| 31/10/2005 10h41min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com a divulgação da reportagem da edição desta semana da revista Veja. A reportagem de capa revela uma suposta entrada de dólares de Cuba para a sua campanha eleitoral em 2002.
Em conversas telefônicas com assessores, durante o fim de semana, Lula classificou a notícia como uma fantasia, expressão que acabou sendo utilizada oficialmente pelo Palácio do Planalto. Em tom de desabafo, o presidente chegou a considerar a notícia uma armação para tentar enfraquecê-lo durante a crise política. Lula afirmou ainda que a notícia não tinha comprovação.
Lula também não gostou da reação da oposição, que deseja levar a investigação do caso às três CPIs em andamento no Congresso, à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público. O presidente discute hoje com os ministros do gabinete de crise uma estratégia para neutralizar os ataques de líderes do PFL e do PSDB.
De acordo com a revista, a campanha presidencial de 2002 teria recebido US$ 1,4 milhão ou US$ 3 milhões do governo de Cuba. Dois ex-assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, contam que souberam da remessa por Ralf Barquete, outro ex-assessor de Palocci, morto em junho de 2004. A revista afirma que não conseguiu identificar como os recursos entraram no país.
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