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O Grupo Mercado Comum (GMC), organismo técnico máximo do Mercado Comum do Sul (Mercosul), começa nesta quinta-feira, dia 14, as reuniões preparatórias para o encontro de cúpula do bloco integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Durante o encontro – que se inicia na próxima segunda-feira, em Buenos Aires – é esperado que o presidente Fernando Henrique Cardoso faço o anúncio do fim das barreiras e cotas para a importação de produtos da Argentina.
A possibilidade de adoção da medida foi sinalizada na semana passada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. A tendência é de que a crise argentina seja o cenário de fundo, adiando novamente as resoluções sobre os assuntos comuns ao bloco, como já ocorreu há dois meses, em Montevidéu. Questões onde existem divergências, e que deveriam ser abordadas, deverão ter as negociações prorrogadas. Entre os temas, a política automotiva e a Tarifa Externa Comum (TCE).
Um porta-voz diplomático afirmou que devido às distorções monetárias (desvalorização argentina) e administrativas (limites para saques bancários) não estaria havendo comércio entre os sócios do Mercosul. Nos últimos meses, calcula a mesma fonte, a Argentina passou a dever centenas de milhões de dólares ao Uruguai e ao Brasil por importações feitas. Para o diplomata, todos os países estão necessitando de novos mercados na atual situação de crise, onde somente os mercados do Mercosul não são suficientes.
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