| 28/10/2005 18h02min
Por telefone, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), conversou hoje com o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de atender à risca as determinações do ministro no processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP). Um advogado da Câmara também foi ao Supremo para esclarecer o que tem de ser feito para evitar novos recursos contra o processo.
– Vamos fazer tudo que querem – disse Izar.
Já o relator do processo de cassação, Júlio Delgado (PSB-MG), informou que está refazendo seu relatório e vai retirar todas as citações referentes ao sigilo telefônico e bancário e aos empréstimos obtidos na CPI dos Correios para não dar margem a novos recursos de Dirceu ao STF. Ele vai retirar inclusive as três linhas da página 29 que relaciona os dados dos sigilos bancários e telefônicos com a votação de projetos de interesse do governo.
– Estou trabalhando para cumprir todas as determinações da Justiça. Decisão do Supremo não se discute, mas temos o direito de discordar – disse Júlio Delgado.
Izar também decidiu dar novo pedido de vista à deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), com nova leitura do relatório de Júlio Delgado (PSB-MG) na segunda e o pedido de vista até quinta. Izar já mandou notificar Dirceu e seus advogados e corre contra o tempo para conseguir votar tudo até quinta para que o processo seja votado no plenário dia 9, como estava previsto.
Ricardo Izar também está ligando para todos os líderes para que façam um mutirão e coloquem pelo menos 53 deputados nas sessões de terça e quinta-feiras para a contagem de prazo de vista do relatório. Como tem o feriado de Finados no meio da semana, o quórum para essas duas sessões pode não ser atingido.
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