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A cúpula do PMDB está jogando pesado para acabar com a prévia marcada para o dia 17 de março e abraçar de vez a candidatura governista à Presidência. Tanto o líder do partido na Câmara dos Deputados, Geddel Vieira Lima (BA), quanto o líder no Senado, Renan Calheiros (AL), não escondem: consideram a candidatura própria inviável.
Do outro lado, um dos candidatos à prévia, o senador Pedro Simon, denuncia um boicote contra ele. O resultado desse jogo de forças é considerado inevitável por líderes do maior partido do país: o PMDB já está aos pedaços. O ex-ministro dos Transportes Eliseu Padilha reconhece que, independentemente do desfecho desse impasse, o partido não terá unidade nas eleições.
Alheia ao calendário oficial, a executiva tem uma reunião marcada para o dia 18, quando serão definidos os rumos do PMDB. A decisão da última convenção, em setembro, que por maioria definiu que haveria candidato próprio, está sendo colocada em xeque até na página do partido da Internet, que pergunta aos seus filiados se o PMDB deve ter candidato próprio e quem seria. A enquete parece desconsiderar os três candidatos à prévia: Simon, o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann.
Atualmente o PMDB está dividido entre aqueles que defendem a prévia, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e a ala do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, e os que querem estar ao lado do tucano José Serra - indicando o vice na chapa do ministro da Saúde - ou abraçar a campanha da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL).
São os representantes dessas duas últimas tendências que traçam estratégias para evitar a prévia. A mais temida por Simon é o esvaziamento da votação do dia 17, provocado pelas regras, que institui um quórum de 50% mais um dos votos e colocará apenas uma urna em cada Capital.
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