| 25/10/2005 21h14min
O senador e presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo, pediu nesta noite, em discurso no Plenário do Senado Federal, afastamento do cargo que ocupa na sigla. Ele teria recebido recursos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para o pagamento de despesas de sua campanha para o governo do Estado de Minas Gerais em 1998. Valério é acusado de ser o operador do suposto pagamento a parlamentares da base aliada, o mensalão.
– Afasto-me com a consciência tranqüila, a minha serenidade vem da certeza de que desarmo meus detratores do único argumento de que dispunham, pois o fato de eu não saber de tudo é a única e cínica desculpa daqueles que me agridem – afirmou.
Em sua fala, Azeredo fez questão de enfatizar a diferença que acredita existir entre o que chamou de "problemas com a campanha, provocados pela inadequação da legislação" e "os crimes de consciência", referindo-se ao mensalão. Ele comparou ainda as acusações que são feitas
contra ele e os ataques dirigidos
ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "exigindo coerência por parte dos acusadores":
– Atiram-me pedras por não ter tido conhecimento de uma irregularidade de campanha, e brandindo o mesmo argumento, lançam-se na defesa do presidente Lula.
Em nota à imprensa, divulgada nesta tarde, Azeredo diz que só tomou conhecimento em 1999 dos empréstimos negociados pelo tesoureiro de campanha, Cláudio Mourão, com o empresário Marcos Valério, e que não reconheceu as dívidas. Ele reiterou não ter conhecimento prévio nem autorizado nenhum empréstimo para cobrir despesas da campanha.
O prefeito de São Paulo, José Serra, assume a presidência do PSDB no lugar de Azeredo até o dia 18 de novembro, quando passará o comando ao senador Tasso Jereissati (CE). No período em que ficará na presidência do partido, Serra não terá atuação política.
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