| 20/10/2005 15h15min
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), disse hoje que há clara intenção de protelação em iniciativas na Casa. Ele citou como exemplos o pedido para anular a sessão em que foi votado o relatório de Júlio Delgado (PSB-MG) no processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) e o recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tenta suspender o processo.
– São movimentos claros de protelação. Eu faço um apelo: deixem o Conselho de Ética trabalhar – protestou Izar.
Indagado sobre por que o Conselho de Ética manteve a sessão na última terça além do início da ordem do dia no Plenário da Câmara, fato que a jurisdição da Casa proíbe, Izar disse que pediu o adiamento do início da ordem do dia para permitir que o relator concluísse a leitura de seu parecer. Segundo ele, parlamentares teriam feito pressão no Plenário e a Mesa da Casa teve de iniciar a sessão.
Na terça o Conselho ouviu o parecer do
relator Júlio Delgado pedindo a cassação do
mandato do deputado e ex-ministro José Dirceu (PT). A leitura do relatório coincidiu 21 minutos com o andamento dos trabalhos no Plenário.
– Eu tinha pedido que a ordem do dia fosse adiada, mas a pressão dos deputados foi grande e a Mesa teve que iniciar a ordem do dia – afirmou.
Izar disse ainda que o relatório do deputado Darci Coelho (PP-TO), atendendo a recurso de José Dirceu na CCJ, foi infeliz e pouco técnico. Ele entende que qualquer decisão da Comissão será inócua porque o Conselho de Ética tem norma interna que está sendo seguida.
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