| 19/10/2005 19h06min
O delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha confirmou nesta hoje, em reunião reservada com integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que os extratos bancários que serão remetidos pela Promotoria de Nova York ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça identificam os titulares das contas que abasteceram a Dusseldorf, aberta pelo publicitário Duda Mendonça. Zampronha recusou-se a adiantar qualquer nome.
Antes da chegada desses documentos ao Brasil, a CPI planeja enviar um representante aos Estados Unidos para negociar a disponibilização desse material. O sub-relator da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), disse que, segundo o delegado, os extratos bancários da Dusseldorf já estariam separados em oito caixas e dois CDs.
Em depoimento à CPI, Duda Mendonça adiantou que a Dusseldorf teria recebido remessas de dinheiro de pelo menos quatro instituições: BAC Florida Bank, Banco Rural Europa S/A, Israel Discount Bank of New York e Trade Link. O publicitário alegou ainda que a abertura da conta no Exterior teria sido uma exigência do empresário Marcos Valério de Souza para que pudesse receber os R$ 10,5 milhões a que teria direito pelos serviços prestados em várias campanhas eleitorais do PT em 2002, entre elas a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na reunião com a CPI, Zampronha admitiu que o trabalho da comissão tem contribuído para agilizar as investigações da PF devido à autonomia dos parlamentares em aprovar a quebra de vários sigilos bancários, fiscais e telefônicos. O delegado também destacou a importância da contratação das empresas de consultoria especializada para analisar todos esses dados recolhidos pela comissão.
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