| 19/10/2005 09h22min
Um dos 14 parlamentares no corredor da cassação, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) voltou a defender sua inocência em relação às denúncias por quebra de decoro parlamentar. João Paulo garantiu estar preparado para enfrentar um processo de cassação e mais uma vez disse ser vítima de um julgamento político.
Ontem foi definido que o deputado federal Cezar Schirmer (PMDB-RS) será o relator do processo do deputado e terá 90 dias para concluir o documento e submete-lo a votação no Conselho de Ética. João Paulo disse ter recebido com bastante serenidade a informação de que Schirmer irá coordenar o parecer sobre a seu caso e tem certeza que será absolvido.
Em entrevista ao programa Atualidade , da Rádio Gaúcha, o parlamentar paulista disse que nunca cogitou a hipótese de renunciar e que não participou de nenhuma tentativa de consenso para renúncia em massa dos seis deputados petistas que estão em processo. João Paulo criticou ainda a imprensa que, nas suas palavras, “anda muito desinformada e acaba divulgando notícias sem provas”.
Sobre os R$ 50 mil, sacados da conta de Marcos Valério por sua mulher, João Paulo admitiu que havia pedido ao então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, verbas para diretórios locais de sua região e que apenas seguiu a sua orientação de retirar os recursos da conta do empresário.
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