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O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, deverá ser candidato a deputado federal nas eleições deste ano. O PDT quer fazer de Brizola um “puxador” de votos do partido no Rio e garantir o mínimo de 5% dos votos para escapar da chamada cláusula de barreira. O quórum de 5% é a votação mínima que cada partido vai precisar atingir este ano, na disputa por vagas na Câmara de Deputados, para manter o direito a um tempo na TV superior a dois minutos por semestre.
Esses 5% terão de se distribuir por nove Estados, com um mínimo de 2% dos votos de cada um deles. Nas eleições de 1998, o PDT foi o último colocado dos sete partidos que conseguiram atingir esses índices. Embora a legislação que estabelece esse quórum mínimo seja de 1995, ela só deve vigorar a partir de 2003, com base no pleito deste ano.
Na noite de domingo, dia 3, Brizola praticamente fechou a participação do PDT na aliança que lançará a candidatura de Ciro Gomes (PPS) à Presidência. No próximo dia 21, em Brasília, uma reunião conjunta das executivas nacionais do PDT, PPS e PTB deverá sacramentar a aliança.
Por volta da meia-noite de domingo, após quase seis horas de reunião, Brizola demonstrava – em entrevista ao lado de Ciro, de Roberto Freire (presidente do PPS), de José Carlos Martinez (presidente do PTB), e do deputado federal Roberto Jefferson (líder do PTB no Congresso) – ter sido seduzido para a aliança.
– O doutor Ciro Gomes é o mais preparado de todos os candidatos que estão aí para tirar o nosso país desse buraco – afirmou.
Na reunião de domingo, teria sido acertado que o ex-governador Antônio Britto não concorreria ao Piratini. A informação é de membros do PDT próximos a Brizola. A candidatura de Britto, egresso do PMDB e filiado ao PPS em outubro, seria um dos empecilhos para um acordo entre os dois partidos, já que o ex-governador é considerado um inimigo do PDT no Estado. O principal pré-requisito para a concretização da aliança é que os três partidos consigam até lá articular chapas comuns para as eleições majoritárias (governador e senador) em todos os Estados.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, domingo à noite, Ciro Gomes não confirmou a informação de que Britto não seria candidato, mas disse que a aliança só seria possível com candidaturas únicas também nos Estados. A estratégia seria, ainda segundo os assessores de Brizola, convencer Britto a concorrer a uma vaga na Câmara Federal.
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