| 14/10/2005 11h03min
A Bahia vai ter que adiar o projeto de exportar carne para a Europa por causa do foco de febre aftosa descoberto esta semana no Estado de Mato Grosso do Sul. Produtores têm prejuízos, apesar da Bahia ser considerada zona livre de febre aftosa desde que passou a alcançar índices de vacinação acima de 90%, a partir de 2001. Nenhum caso da doença é registrado no rebanho baiano há sete anos. O último foi em 1998.
Para o secretário estadual de Agricultura, Pedro Barbosa, o foco detectado em Mato Grosso do Sul não chega a provocar desespero, mas pode trazer conseqüências negativas para a Bahia caso não sejam tomadas medidas preventivas. No norte do estado, mais de 100 mil cabeças de gado ainda não foram vacinadas e a 2ª etapa da campanha contra a aftosa foi prorrogada na região.
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) está convocando os criadores para vacinar o rebanho até este sábado. Segundo o secretário, as ações de fiscalização também foram intensificadas.
Atualmente, no nordeste, só a Bahia e Sergipe são consideradas zona livre internacional de febre aftosa. O Estado baiano realiza duas grandes campanhas anuais para a imunização dos animais, nos meses de março e setembro. Na segunda etapa da campanha de vacinação, em 2004, o índice vacinal do estado foi de 92%, superando os 85% exigidos pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), referência da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Neste ano, a meta do governo baiano é vacinar 100% do rebanho de bovinos e bubalinos, estimado em cerca de 10 milhões de cabeças, superando o resultado da segunda etapa de vacinação do ano passado.
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