| 13/10/2005 19h17min
O argentino Carlos Bianchi, técnico do Atlético de Madri, explicou hoje que o clássico do próximo sábado entre sua equipe e o Real não é um confronto entre Argentina e Brasil, apesar de as duas equipes contarem com astros destes países. Enquanto o Real Madrid é comandado pelo técnico Wanderley Luxemburgo e conta com o lateral-esquerdo Roberto Carlos, o meia Júlio Baptista e os atacantes Ronaldo e Robinho em seu elenco, o Atlético tem Bianchi no banco e o goleiro Leo Franco, os meias Galletti e Ibagaza e o atacante Maxi Rodríguez.
– Não é um jogo entre Argentina e Brasil, e sim entre Atlético e Real Madrid. Temos de pensar assim. Eu joguei numa equipe na França em que éramos quatro argentinos, e nunca pensávamos que estávamos contra os franceses. Representamos o Atlético e temos de pensar que é uma partida entre Atlético e Real Madrid. Simples assim – disse.
Ao falar sobre o apertado calendário do futebol mundial - vários jogadores só chegaram a Madri hoje, após
disputarem partidas das
eliminatórias por suas seleções –, ele nem chegou a lamentar o fato:
– É preciso aceitar as circunstâncias do jogo. Devemos saber muito bem que lamentar não nos serve de nada. Os calendários organizados pela Fifa e as federações pensam muito pouco no futebol.
Bianchi reconheceu que não haverá uma preparação específica para a partida.
– Temos de ser sinceros. Oito jogadores chegaram hoje, alguns trabalharam um pouquinho mais e outros menos. Amanhã treinaremos um pouco, mas sabendo muito bem que já temos a partida em cima – acrescentou.
Para ele, o clássico entre Atlético e Real Madrid não pode ser comparado com um entre Boca Juniors e River Plate na Argentina, porque o clássico de seu país move muito mais gente.
– É todo o país que joga. Aqui só é Madri – acrescentou.
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