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O governo argentino deve aceitar a exigência do Fundo Monetário Internacional (FMI) e antecipar o fim do câmbio duplo em uso no país, deixando o peso flutuar livremente diante do dólar. A medida deve ser anunciada nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro. Só depois da adoção do câmbio livre o FMI deverá ajudar o país, emprestando entre US$ 15 e US$ 20 bilhões de dólares à Argentina.
O câmbio livre foi a principal discussão na reunião do ministro argentino da Economia, Jorge Remes Lenicov, com representantes do Fundo nesta quarta-feira, dia 30. Analistas acreditavam que a liberação deveria ocorrer em duas semanas e não estaria entre as medidas do novo pacote econômico, prometido para este sábado, dia 2.
Atualmente, vigoram no país duas taxas de câmbio: a oficial (1,40 peso por dólar), e a livre, fixada pelo mercado, que nesta quarta fechou a 1,90 peso, 36% acima da oficial. Antes de liberar o câmbio, porém, o governo terá de pesificar toda a economia, isto é, transformar em pesos tanto créditos (como depósitos bancários) quanto débitos em dólar. Espera-se que a pesificação total (provavelmente a 1,40 peso por dólar) integre o plano econômico que o presidente Eduardo Duhalde anunciará no sábado, dia 2 de fevereiro.
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