| 29/09/2005 13h31min
Em um ambiente predominantemente positivo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a realizar lucros. A bolsa paulista encerrou a manhã em baixa de 0,91%, com o Índice Bovespa em 31.032 pontos. O dólar sofreu volatilidade por alguns minutos, mas fechou em baixa de 0,45%, cotado a R$ 2,223 na compra e R$ 2,225 na venda. Mantida a tendência, o dólar baterá mais um recorde de baixa nesta quinta-feira.
A divulgação do relatório de inflação do Banco Central foi um dos destaques da manhã. No documento, o BC informou que diminuiu a perspectiva de inflação deste ano de 5,8% para 5%. Para o ano que vem, houve redução de 3,7% para 3,5%. Para complementar o cenário de inflação menor, o IGP-M apontou deflação de 0,53% em setembro, contra queda de preços de 0,65% em agosto.
O pequeno estresse no mercado de câmbio foi gerado em torno de declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua. Ele afirmou que o Tesouro Nacional tem vencimentos de US$ 11,266 bilhões em 2006 e que, desse total, já comprou US$ 3,99 bilhões no mercado. Ele também afirmou que o BC poderá voltar a comprar dólares no mercado à vista, mas não sinalizou quando. A última vez que o BC convocou leilão para compra de moeda estrangeira foi em agosto, quando recusou todas as propostas dos bancos.
O dólar chegou a subir 0,36%, com desentendimentos do mercado em torno das declarações do diretor do BC. Depois perdeu fôlego e não se sustentou.
A Bovespa chegou a abrir em alta, refletindo o cenário positivo e prometendo mais um recorde histórico de pontos. Além da queda da inflação, o mercado mostrou alívio com a vitória de Aldo Rebelo (PCdoB), candidato do governo, como presidente da Câmara. A abertura negativa das bolsas americanas acabou favorecendo a retomada das ordens de venda.
Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores quedas são de Braskem PNA (-4,87%) e Brasil Telecom Participações ON (-3,41%). As altas mais significativas do índice são de Copel PNB (+3,39%) e Net PN (+2,10%).
No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros tiveram alta e o risco-país caía 6 pontos, para 349 pontos centesimais. Com isso, o indicador EMBI+ Brasil se mantém no menor patamar desde outubro de 1997.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&FF), as projeções dos juros operam em baixa, acompanhando a redução das projeções de inflação. O Depósito Interfinanceiro (DI) tem 17,58% ao ano, contra 17,65% do fechamento de quarta-feira.
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