| 22/09/2005 12h18min
Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio) mostra que o consumidor da Grande Florianópolis está gastando mais com as chamadas despesas familiares, ou seja, alimentação, higiene e limpeza. Este é um dos dados que constam da Pesquisa de Situação Econômica do Consumidor realizada com 400 consumidores. Em agosto do ano passado, 36,8% afirmavam que gastavam mais com essas despesas, mas esse percentual saltou para 51% em agosto desse ano.
Em relação às contas regulares, a pesquisa mostra que os gastos com as faturas de água, luz, telefone e condomínio eram maiores para 47% dos consumidores em agosto do ano passado. O índice caiu para 43,8% em agosto desse ano. Diminuiu, também, a inadimplência quanto às contas regulares. O percentual de consumidores que dizia estar em atraso caiu de 17,3% (agosto 2004) para 13,5% (agosto desse ano) e reduziu, também, se comparado com maio desse ano (15%). A conta que mais atrasa é a de telefone fixo (4,3% dos entrevistados) seguida de condomínio (2,8%) e prestação no comércio (2,8%).
Aumentou o índice de consumidores que estão pagando financiamento. O índice passou de 19,3% (agosto do ano passado) para 22,8% em agosto desse ano. O problema é que os dados evidenciam, também, um crescimento da inadimplência nos financiamentos. O salto foi de 2,8 p.p.
O orçamento familiar médio do consumidor da Grande Florianópolis não prevê muitas sobras de dinheiro. Apenas 12,3% disseram que vão sobrar recursos depois das contas pagas contra 81,5% que garantem que não terão nada para guardar. O percentual de consumidores que disseram que não sobrará dinheiro reduziu em relação a agosto do ano passado quando esse percentual era de 17%, mas aumentou referente ao mês de maio (que registrou 10%). A maior parte dos que falou em sobras garante que utilizará o dinheiro para pagar alguma conta ou prestação atrasada. E, se faltar dinheiro, a maior parte dos entrevistados (2,8%) aponta como solução a compra com cartão de crédito. Outros 2,5% falam em deixar de consumir alguma coisa.
Outra diminuição drástica foi da compra de produtos duráveis. Em agosto do ano passado, o índice de consumidores que compravam bens duráveis (como eletrodomésticos e móveis) era de 41,8%, passou para 35,3% em maio e despencou para 26,3% em agosto desse ano. Outro aspecto importante é a busca maior do consumidor por produtos duráveis. O percentual dos que planejam comprar bens dessa natureza era de 39,5% em agosto do ano passado e se elevou para 45,6% em agosto desse ano.
Aumentou, conforme a pesquisa, o percentual de consumidores otimistas para os próximos seis meses. Pelo menos 47,3% disseram que o próximo semestre será melhor contra 45,3% que demonstraram essa expectativa positiva em maio do ano passado.
Segundo o presidente da Fecomércio, Antônio Edmundo Pacheco, os dados da pesquisa demonstram que os consumidores estão optando, cada vez mais, por financiamentos e créditos elásticos e reduzindo compras de bens duráveis, o que evidencia uma certa retração no poder de compra. Na sua avaliação, isso facilita as vendas, mas também estimula a inadimplência por causa dos prazos muito largos de pagamento.
– Outro aspecto interessante verificado é que o custo da alimentação também teve um grande aumento, pois o consumidor está gastando mais nessa área. Felizmente a inadimplência em relação às contas regulares caiu, o que mostra a vontade do consumidor de pagar em dia – destaca.
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