| 21/09/2005 16h46min
Acabou há pouco o depoimento sigiloso do deputado José Dirceu (PT-SP) na Corregedoria da Câmara. Na saída, ele disse ter reafirmado sua inocência diante das acusações de que seria o chefe do esquema do mensalão.
Dirceu voltou a garantir que não vai renunciar ao mandato e disse esperar que a Câmara não faça um julgamento político contra ele. Dirceu destacou ainda que defenderá o seu mandato até o fim e em todas as instâncias possíveis.
– Não há provas documentais contra mim – insistiu o ex-ministro.
A defesa dele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar está marcada para o próximo dia 27. Se for considerado culpado pelo órgão, terá que apresentar nova defesa no plenário.
José Dirceu admitiu a hipótese de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a tese de que não era deputado na época dos fatos de que é acusado, quando exercia a função de ministro. Dessa forma, ele não poderia ser processado por quebra de decoro parlamentar, e sim por crime de responsabilidade.
Indagado sobre o suposto acordo que teria feito com o PTB para que aquele partido retirasse a representação contra ele no Conselho de Ética, o ex-ministro respondeu que essa hipótese é impensável. Ele lembrou os embates que teve com o ex-deputado Roberto Jefferson em torno das denúncias, para afirmar que um acordo agora seria absurdo.
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