| 20/09/2005 20h43min
Com base em um laudo do Instituto Nacional de Criminalística, a Polícia Federal confirmou hoje que a assinatura do documento que garantiria ao empresário Sebastião Augusto Buani a renovação da concessão do restaurante Fiorella tem características similares à do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Mesmo com a comprovação, a polícia não pode atestar se a assinatura é mesmo de Severino. Segundo os peritos, a análise feita a partir de uma cópia do documento original mostra evidências, mas não permite uma conclusão definitiva sobre o autor da assinatura.
– Embora haja convergência de punho (entre a rubrica de Severino e a assinatura do documento), o laudo não é conclusivo – afirmou um policial que está acompanhando as investigações sobre o suposto mensalinho.
O resultado não compromete o andamento das investigações. Para a polícia, o mais importante é saber se Severino, de fato, recebeu favores do empresário. Em depoimento
à PF, Buani disse que Severino assinou o
documento na sua presença, depois de uma longa negociação. O empresário sustenta que pagou R$ 40 mil de entrada e mesadas de R$ 10 mil para a Severino entre 2002 e 2003 em troca da renovação do contrato do restaurante.
Na semana passada, Buani entregou à PF a cópia de um cheque de R$ 7,5 mil, que teria sido usado para pagar parte da propina. O cheque foi emitido em 30 de julho de 2002, e descontado no mesmo dia pela secretária de Severino Gabriela Kênia Martins.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.