| 20/09/2005 19h37min
O deputado José Mentor (PT-SP) negou durante depoimento do doleiro Toninho da Barcelona nas CPIs dos Correios e da Compra de Votos e na CPI dos Bingos, do Senado, ter protegido o ex-prefeito Paulo Maluf. Mentor é suspeito de ter deixado de investigar remessa ilegal de dólares feita por Maluf para que ele apoiasse a reeleição da petista Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
Segundo Mentor, a CPMI do Banestado, da qual foi relator, não avançou na investigação do suposto doleiro de Maluf, conhecido como Birigüi, por não ter recebido documentos relativos às contas do ex-prefeito na Suíça. Já a conta de Maluf no Banco Safra não teria sido investigada porque a respectiva documentação só chegara à comissão um mês antes da conclusão do relatório.
– Mas as informações foram remetidas para o Ministério Público – garantiu Mentor.
O deputado também negou que tenha trabalhado para evitar a ida de Barcelona à CPMI do Banestado. O doleiro alega que a convocação para que fosse depor só lhe foi entregue três horas antes da reunião. Mentor, porém, afirma que o delegado responsável pelo caso comunicou à comissão que só o advogado dele fora encontrado, e que este informara que Toninho não poderia comparecer.
Mentor agradeceu a informação de Barcelona de que o deputado não seria operador de contas no exterior, e garantiu não ter qualquer participação na decisão da Justiça de condenar o doleiro duas vezes pelo mesmo crime, como afirma Toninho. Conforme Mentor, a Justiça do Paraná pediu à CPMI documentos sobre remessa ilegal de dólares e ele, como relator, apenas cumpriu com seu dever ao enviar os papéis solicitados pelas autoridades.
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