O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou por meio de nota divulgada pela  Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto que está consternado e indignado com o assassinato ao prefeito de Santo André, Celso Daniel. Para o presidente,  o crime não requer apenas solidariedade, mas "uma resposta coordenada e eficaz" que leve à cadeia os responsáveis. O presidente promete reforçar o apoio que vem dando aos Estados nas ações de combate à violência.
O texto da nota ainda diz que o nível de violência e arrogância dos assaltos e seqüestros requer uma ação mais enérgica. FH pede a união de todos contra a violência.

O presidente também concedeu entrevista coletiva na tarde deste domingo, dia 20. Reiterou que o Estado não pode tolerar crimes e atos de violência como o os ocorridos contra o prefeito de Santo André. FH diz que a corrupção nas polícias deve ser combatida, e que o governo federal vai apoiar os Estados a garantir segurança pública. Concordou com as declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de que é preciso declarar guerra ao crime organizado e à bandidagem.

Em relação ao assassinato de Daniel, o presidente da República disse que todas as hipóteses devem ser investigadas, mas lembrou que ainda não existem evidências de que um crime político tenha ocorrido. Homenageou Celso Daniel dizendo que ele era um homem bom, respeitado, com capacidade de diálogo e de referência política.

O presidente vai conversar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira. Na terça, FH vai ouvir sugestões do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva,  com quem ele já conversou neste domingo por telefone.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo presidente:

"O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sente-se consternado e indignado. O bárbaro crime no qual foi vítima o prefeito de Santo André, Celso Daniel, requer não apenas solidariedade e pêsames, os mais sentidos, à família e à cidade de Santo André como uma resposta coordenada e eficaz que leve à cadeia os responsáveis pela morte do prefeito. O apoio que o governo federal vem dando aos estados através do Ministério da Justiça será reforçado. O presidente da República tem reunião marcada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, para ouvir suas sugestões e tomar as decisões pertinentes. O grau de violência e arrogância dos assaltos e seqüestros requer uma ação enérgica de todos. Acima de partidos, crenças e posições sociais, é preciso a união de todos pela paz e contra a violência."