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 | 15/09/2005 20h25min

Árabes querem ampliar comércio com Santa Catarina

Encontro na Fiesc discutiu formas de aumentar negócios com o Estado

Os árabes estão dispostos a aumentar o comércio internacional com Santa Catarina. Com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em US$ 815 bilhões e economias em expansão, os 22 países que formam a comunidade árabe estão em busca de novas oportunidades de investimentos diretos, exportação e importação.

Durante um encontro realizado na manhã desta quinta-feira na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), uma delegação formada por representantes comerciais de nove países apresentou aos empresários catarinenses uma lista de possibilidades de parcerias e as vantagens que os árabes oferecem nas transações comerciais.

O embaixador da Palestina e decano dos embaixadores dos países árabes, Musa Amer Odeh, destacou que os árabes já têm uma boa relação de negócios com o Brasil – principalmente na venda de petróleo e produtos petroquímicos – e elogiou a qualidade dos produtos nacionais.

Odeh disse que todas as mercadorias catarinenses em potencial de exportação interessam ao mercado árabe.

– Assim como estamos aqui, a presença dos empresários de Santa Catarina nos nossos países seria muito importante – afirmou Odeh.

Nos primeiros sete meses deste ano, as vendas externas da indústria catarinense para os países árabes cresceram 29,3%. A carne de frango congelada é o principal produto, com cerca de 70% do volume de exportações. Em 2004, Santa Catarina vendeu para os árabes cerca de US$ 200 milhões.

Para o diretor de comércio exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, a alta competitividade dos países árabes, que são livres de protecionismo e buscam parcerias para investimentos conjuntos, é um motivo que torna o mercado atraente para os brasileiros.

Alaby comentou que a criação de intercâmbios de estudos, em universidades e centros de pesquisa, deve ser objeto de esforços coletivos. Ele afirmou que o Estado tem potencial para ampliar a pauta de exportações aos árabes nos setores de móveis, motores elétricos e metalurgia.

– As parcerias na área de transferência de tecnologia são das mais promissoras – apontou Alaby.

DIÁRIO CATARINENSE

 
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