| 15/09/2005 15h02min
O ex-presidente do PT José Genoino afirmou hoje que o ex-tesoureiro do PT Delubio Soares tinha autonomia para tomar empréstimos e escolher avalistas em nome do PT. Genoino depõe no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, como testemunha de defesa no processo de cassação do ex-ministro José Dirceu.
Genoino fez questão de frisar que o PT, diferentemente de uma empresa, não é hierarquizado e verticalizado, lembrando que, no partido, a direção é eleita pela base para cumprir funções específicas:
– É o caso da Secretaria de Finanças, que tem funções definidas pelo estatuto, e o tesoureiro é eleito para cumpri-las – afirmou.
Genoino diz ainda que o presidente do partido não exerce influência sobre o tesoureiro e não cuida de finanças.
– O meu trabalho era sobre a agenda política – disse.
Em relação aos dois empréstimos, junto ao BMG e ao Banco Rural, tomados com seu aval, Genoino ressalta que, como presidente, assinava as contas em confiança irrestrita ao tesoureiro. De acordo com ele, o conhecimento sobre a situação dos empréstimos chegou ao Diretório Nacional somente na prestação de contas, e não na tomada dos empréstimos. Ele diz também que nunca tratou de questões financeiras com o então ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP).
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