| 05/09/2005 11h05min
Os analistas do mercado financeiro cortaram, pela 16ª semana seguida, a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado no sistema de metas do governo. A previsão do IPCA de 2005 foi reduzida de 5,26% (há uma semana) para 5,23%, hoje, segundo pesquisa do Banco Central (BC) com cerca de cem instituições financeiras divulgada hoje. A projeção está bem perto da meta ajustada do BC para este ano (5,1%). Para o ano que vem, os economistas dos bancos e consultorias também reduziram a estimativa: de 4,90% para 4,85%.
Com a projeção de inflação cada vez mais perto da meta, o mercado aposta numa queda na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem. Mas o prognóstico para o corte foi reduzido. Há uma semana, o mercado projetava uma redução de meio ponto percentual. Hoje, a mediana das expectativas é de queda de 0,25 ponto percentual, com aposta da Selic a 19,5% em setembro. Para o fim do ano, a estimativa foi mantida em 18%.
Já para o crescimento do Produto Interno Bruto este ano (PIB, a soma das riquezas geradas pelo país), a projeção subiu: de 3% para 3,2%. Para o ano que vem, o prognóstico do crescimento da economia se mantém em 3,50%.
O mercado manteve a projeção de saldo da balança comercial (resultado de exportações menos importações) em US$ 40 bilhões em 2005, mesma estimativa há duas semanas. Para o ano que vem, a projeção de superávit comercial cresceu, pela sétima semana seguida, de US$ 33,6 bilhões, para US$ 33,73 bilhões.A expectativa para a taxa de câmbio no fim do ano de 2005 caiu de R$ 2,48 para R$ 2,46 reais. Para 2006, manteve-se em R$ 2,70.
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