| 02/09/2005 07h40min
O presidente interino do PT, Tarso Genro, confirmou ontem que vai se retirar da chapa do Campo Majoritário, que encabeçava como candidato a presidente da legenda. Mas não declarou seu voto no substituto, Ricardo Berzoini, apesar de ter uma "grande simpatia" pela candidatura do secretário-geral da sigla.
– Eu vou me reservar mais um pouco para declarar o voto. Berzoini é um quadro político que eu respeito, um companheiro até este momento – disse.
Tarso condicionava sua permanência como candidato da chapa no Campo Majoritário - tendência dominante do PT da qual faz parte o ex-ministro José Dirceu – ao afastamento de todos os envolvidos no escândalo do mensalão. Ele garantiu que, mesmo que o Campo Majoritário vote pela retirada de todos os nomes envolvidos em denúncias da chapa, a recolocação da candidatura dele está descartada.
Sobre se o fato de ter abandonado a candidatura enfraquece Berzoini na disputa, destacou que essa é uma avaliação que cabe ao Campo Majoritário:
– Eu não sei se enfraquece ou não. Quem deve examinar isso é a maioria, que não cumpriu os requisitos para uma transição com ruptura.
O PT convocou eleições gerais para o dia 18. Sete candidatos disputam a presidência da sigla. Tarso também afirmou que não rompeu com o Campo Majoritário porque supostamente essa tendência não existe mais. Para Tarso, foi uma "ficção política" que veio da gestão anterior, da qual nunca foi integrante formal.
Acrescentou que não vai se inserir em nenhuma das correntes que compõem, atualmente, a estrutura da legenda por acreditar que o sistema de tendências está esgotado. Ele se dedica agora a articular um movimento político dentro da legenda capaz de conduzir à criação de um novo núcleo dirigente.
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