| 02/09/2005 00h12min
O desgaste causado pelo estilo polêmico do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) na presidência da Câmara e pelas denúncias de que o presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), e o líder José Janene (PR) recebiam mensalão custará ao partido a perda de um dos quadros mais ilustres. O deputado Delfim Netto (SP) deve filiar-se com pompa ao PMDB no dia 14.
Um importante dirigente do PP diz que Delfim Netto sai irritado com "a turma do mensalão", a quem acusa de tê-lo engambelado por três meses com a promessa de efetivá-lo na presidência do PP paulista. Segundo o dirigente, Corrêa o nomeou, formalmente, presidente da executiva provisória do partido, mas em vez de publicar a nomeação no Diário Oficial, para que tivesse valor legal, teria "dado sumiço" na ata da reunião.
Com a ata desaparecida, a regional continuou sob o comando do deputado Vadão Gomes (SP). Como o ex-prefeito Paulo Maluf - que negocia a ida para o PTB - não estruturara o PP, mantendo-se como presidente da comissão provisória, bastou um ato da direção nacional para trocá-lo por Gomes.
O problema é que os filiados de São Paulo, comandados por Delfim Netto, acusam Gomes de ter negociado o apoio da regional ao PT e à reeleição da ex-prefeita Marta Suplicy e não o aceitam mais. Um dirigente explica que Corrêa foi forçado a nomear Delfim Netto sob pressão desses pepistas.
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