Milhares de pessoas de Nova Orleans e outras cidades costeiras de Louisiana e Mississippi se amontoavam neste domingo nas estradas para fugir de Katrina, o furacão de máxima intensidade que ameaça chegar no local amanhã. O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, anunciou hoje a evacuação obrigatória e imediata da cidade, como prevenção diante da chegada do furacão.

O mesmo ocorre em todas as cidades do litoral do Mississippi, declaradas hoje em estado de emergência pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, diante da temida "visita" do furacão de grau cinco, que já causou nove mortes e vários danos materiais na Flórida.

Com 70% da cidade abaixo do nível do mar, o furacão Katrina - com ventos de 264 km/h - poderia inundar e destruir grande parte de Nova Orleans.

Segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões, divulgados às 18h de Brasília, o olho do furacão estava cerca de 240 quilômetros ao sul do delta do rio Mississippi, perto da latitude 26,9 graus norte e longitude 89,0 graus oeste.

A fuga em massa dos habitantes de Nova Orleans praticamente paralisou o tráfego nas grandes vias de saída da cidade. Já são dezenas de milhares de pessoas que se amontoam nas estradas para escapar de uma cidade que, segundo os meteorologistas, é especialmente vulnerável à passagem do furacão, porque fica abaixo do nível do mar.

A intensidade e força de Katrina aumentaram hoje, e atingiram a categoria 5, a máxima na escala de Saffir-Simpson e atribuída a um furacão com capacidade de causar danos catastróficos e muitas mortes.

As autoridades e os responsáveis do Centro Nacional de Furacões (CNH) não param de advertir sobre a gravidade da situação, já que, caso Katrina mantenha sua força atual ao tocar terra, será o quarto furacão desta magnitude a atingir o território americano em toda a História.