| 25/08/2005 13h03min
Ao discursar no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a suposta pressa da oposição em antecipar o debate eleitoral e diz que seus adversários põem veneno na crise política. Ele citou especificamente a suposta tentativa de envolver "um ministro da magnitude de Márcio Thomaz Bastos" nas denúncias.
– As coisas ficam muito mais graves quando se coloca veneno na crise. Não posso aceitar que, a pretexto das eleições de 2006, possam agir de forma irresponsável. Quatro anos são uma eternidade para a oposição e um minuto para quem está no governo. A minha prioridade nunca foi a reeleição, mas a governança desse país – afirmou.
Lula disse que fica muito incomodado com a possibilidade de se envolver o governo nessa crise e afirmou que é preciso apurar os fatos e o envolvimento de petistas nas denúncias.
– Me incomoda muito essa possibilidade de envolver o govenro nessa crise. Sempre disse, não ficará pedra sobre pedra nessas investigações. Me orgulho de ter ajudado a criar o PT. Sou petista, tenho orgulho de ser petistas, mas a justiça começa dentro de casa. O PT teve um processo de sangria muito forte e cabe ao próprio PT julgar dentro do PT quem cometeu erro e puni-lo. E à justiça e ao Congresso também caberá punir onde puder – afirmou.
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