| 22/08/2005 13h07min
Só falta a matemática sacramentar o que já é inevitável. Após a derrota por 2 a 1 para a Anapolina, no último sábado, no Estádio Centenário, a quinta em casa pela Série B, o Caxias está rebaixado para a Série C do Brasileiro em 2006. O próprio discurso comum do clube ao final da partida, salvo o de alguns poucos dirigentes, converge no ponto de que o quadro é irreversível.
O descenso começou a ser esboçado há três anos. Em 2002 e 2003, o Caxias só se manteve na segunda divisão nacional por obra do acaso. No ano passado, a equipe novamente parecia fadada ao rebaixamento até o técnico Mano Menezes assumir, já na 12ª rodada. Este ano, nada mais pode ajudar.
No caso do Caxias, será preciso mais do que o impossível. A equipe tem que ganhar os três jogos restantes na primeira fase – Santo André e Náutico (ambos fora de casa) e Guarani (no Centenário). Todos os adversários ainda estão na briga pela classificação. Além disso, é preciso torcer por resultados paralelos, afinal em 18 rodadas, o time grená só venceu apenas quatro confrontos.
Além do mais, não dá mais para acreditar em uma equipe que entra em campo para um jogo decisivo, como o de sábado, à beira de um ataque de nervos, atrapalhada e sem alternativas. Dessa forma, o técnico Artur Ruschel já jogou a toalha:
– É uma perda muito grande para a cidade. Não gostaria de estar participando deste momento, mas estou dando a cara para bater. Nos faltou força e um pouco mais do que uma equipe precisa para permanecer em um campeonato tão disputado. Nos últimos dias, ainda tentamos fugir dessa realidade. Mas sentia que os jogadores estavam cada vez mais tensos – confessou.
Para permanecer na Série B, o Caxias não depende mais de si. Está com 16 pontos e a seis da primeira equipe que se salvaria hoje (Gama, 22 pontos), sendo que apenas nove pontos ainda estão em disputa. Além de obrigatoriamente ganhar os três jogos restantes, a equipe grená teria que ultrapassar seis adversários diretos.
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