| 18/08/2005 20h14min
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios hoje, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato caiu em contradição ao afirmar que um aditivo de contrato de publicidade de R$ 58 milhões, assinado em 2003, não precisou ser informado à Secretaria de Comunicação (Secom), ligada à Presidência da República. Pizzolato dissera à Polícia Federal que patrocínios acima de R$ 50 mil deveriam ser comunicados ao órgão.
Os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) não se convenceram das explicações sobre o destino de R$ 327 mil que o ex-diretor do Banco do Brasil teria mandado sacar de uma conta da DNA Propaganda no Banco Rural, em janeiro de 2004. A DNA tem como sócio o empresário Marcos Valério, acusado de ser operador do suposto mensalão. Pizzolato disse que o dinheiro foi repassado a um dirigente do PT, que não quis identificar.
Heloisa Helena acusou o ex-diretor do Banco do Brasil de ser "moleque de recados" do PT. Pizzolato respondeu que apenas fez uma "gentileza" à DNA, que trabalha há 11 anos com o banco.
– Costumava ser cordial com os prestadores de serviço do banco – comentou, acrescentando que atualmente não repetiria o gesto.
O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) afirmou que Pizzolato está mentindo e pediu parecer da área jurídica da CPI para tomar providências contra o ex-diretor do Banco do Brasil. Lorenzoni também questionou o aumento da publicidade do Banco do Brasil em ano eleitoral. Os gastos na área subiram de R$ 153 milhões, em 2003, para R$ 262 milhões, em 2004. Para este ano, a previsão é de gastos de R$ 140 milhões a R$ 160 milhões.
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